segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Revelando a história de páginas, capas e lombadas


Por JENNIFER SCHUESSLER

CHARLOTTESVILLE, Virgínia - Todos os anos, durante cinco semanas no verão, a Escola de Livros Raros da Universidade da Virgínia atrai 400 bibliotecários, conservadores, acadêmicos, vendedores, colecionadores e bibliófilos para cursos intensivos, de uma semana de duração, ministrados num ambiente que une a intensidade de um seminário, o caráter nerd de uma convenção de fãs de "Jornada nas Estrelas" e o clima de camaradagem de um acampamento de férias.

Vic Zoschak, de Alameda, na Califórnia, é piloto aposentado da Guarda Costeira e hoje dono de uma livraria de obras antigas. Ele fez seu primeiro curso na escola em 1998; desde então, já retornou para outros 14. "Pilotar missões de busca e resgate era um trabalho que me realizava", disse. "Mas aqui eu encontrei pessoas do meu tipo."

Para muitos, a Escola de Livros Raros representa uma oportunidade importante para fazer contatos úteis. Mas ela também preenche um nicho intelectual valioso, ensinando habilidades e conhecimentos que vêm sendo deixados de lado por escolas de biblioteconomia cada vez mais voltadas à tecnologia e departamentos de literatura cada vez mais imersos na teoria.
Trazer de volta aos estudos literários uma compreensão dos aspectos físicos do livro é algo do qual o padre jesuíta Michael Suarez, especialista formado em Oxford em literatura britânica do século 18 e, desde 2009, diretor da escola, fala com fervor quase missionário.


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