quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Biblioteca Nacional fecha acordo para 'Revista de História'


Uma disputa que se arrastou por meses e culminou na demissão de um conselho de notáveis foi encerrada nesta sexta (17), com a assinatura de um acordo entre a Fundação Biblioteca Nacional e a Sociedade dos Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin) para que esta continue editando a "Revista de História da Biblioteca Nacional".

A crise na publicação começou em março passado, após a Sabin demitir o editor Luciano Figueiredo por "razões administrativas". Semanas antes, o então editor havia demitido o jornalista Celso de Castro Barbosa após divergências relacionadas a uma resenha escrita por ele sobre o livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., publicada no site da revista.

O texto gerou protestos públicos do PSDB e foi tirado do ar, mas, segundo a Sabin, nem a demissão de Castro Barbosa por Figueiredo nem a deste pela sociedade tiveram qualquer componente de pressão política.

A demissão de Figueiredo, que também era membro do conselho editorial, levou os demais conselheiros --entre eles Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras, Lília Moritz Schwarcz, professora da USP, e José Murilo de Carvalho, professor da UFRJ-- a renunciarem em 11 de junho.

Desde então, o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, tentou encontrar uma fórmula que reconduzisse os conselheiros a seus cargos --estes queriam autonomia total para contratar ou demitir o editor da revista, o que a Sabin negava.

Pelo novo acordo, a Biblioteca Nacional passa a nomear o conselho editorial --até então, ele não era formalizado, mas apenas convidado pela Sabin-- e este, além de continuar responsável pelo conteúdo da revista, indicará uma lista tríplice com sugestões de nomes de editor.

A decisão final sobre a contratação, no entanto, continuará a cargo da Sabin. O mesmo acontece em caso de demissão, ainda que o contrato preveja que o conselho editorial seja ouvido.


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