quinta-feira, 30 de junho de 2011

Como ensinar a seu filho que ler é um prazer

Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. 

"Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores", diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP). 

A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras. 


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terça-feira, 28 de junho de 2011

Portugal: Diretor da Biblioteca Nacional deixa o cargo

À frente da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) desde outubro de 2005, o historiador Jorge Couto deixará o cargo por decisão própria no dia 30 de junho, informa a Agência Lusa. Desde 2 de dezembro do ano passado, ele exercia em regime de acumulação, não remunerado, as funções de diretor geral do Livro e das Bibliotecas.

Fonte: PublishNews - 27/06/2011 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O livro é seu amigo

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) lançou o concurso “Ações inovadoras no livro didático”. A iniciativa irá premiar e difundir boas práticas de escolas públicas e de secretarias estaduais e municipais de educação voltadas ao remanejamento, à conservação e à devolução dos livros didáticos distribuídos pelo governo federal. 

Segundo a coordenadora geral dos programas do livro do FNDE, Sonia Schwartz, o concurso é uma forma de reconhecer a gestão educacional eficiente. “Ideias simples, criativas e aplicáveis à realidade local fazem toda a diferença no ambiente escolar”, afirma. Além de troféus e certificados, as equipes vencedoras vão ganhar também os 361 livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola e da Coleção Educadores, além de passagens e hospedagem para apresentar suas experiências no 13º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro, entre 4 e 7 de outubro, em Curitiba. 

O resultado sai em 14 de setembro. Para outras informações, clique aqui.


PublishNews - 21/06/2011 

domingo, 26 de junho de 2011

Exposição no Sesc Belenzinho tem como tema livros infanto-juvenis



A premiada ilustradora tcheca Kveta Pacovská, famosa por suas experimentações plásticas, disse certa vez que "as imagens de um livro infantil são as primeiras galerias que as crianças visitam".

A partir de 13 de julho, alguns desses livros-galeria estarão na exposição "Linhas da História - Um Panorama do Livro Ilustrado no Brasil", no Sesc Belenzinho.

Reunindo 40 ilustradores e 54 publicações, a mostra coloca o fazer do artista numa vitrine --estão lá elementos que inspiraram as criações. Painéis enfatizam que um mesmo clássico literário é ressignificado a partir de técnicas diferentes. O livro-imagem (sem palavras) é apresentado de forma que dá ilusão de movimento.

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Fonte: Jornal Floripa

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Saramago é homenageado em Portugal com lançamento de três livros

Viúva do escritor comenta os eventos que marcam o primeiro aniversário da morte do escritor


José Saramago, maior expoente da literatura portuguesa, será lembrado em seu país, pela ocasião do primeiro aniversário de sua morte, com a publicação de três novos livros conceitualmente diferentes e cujo denominador comum é a homenagem ao autor.
A viúva do escritor, a espanhola Pilar del Río, esteve presente nesta sexta-feira (17 de junho) na apresentação das três obras, realizada na Prefeitura de Lisboa, e aproveitou para repassar as atividades comemorativas previstas para este sábado, quando se completa um ano da morte do Nobel português em decorrência de uma leucemia crônica.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Câmara aprova obrigatoriedade do ensino de Libras e Braile

A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira proposta que obriga as escolas públicas e privadas a oferecer a seus alunos com necessidades especiais as linguagens específicas que lhes permitam uma perfeita comunicação, como a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o sistema Braile. A proposta, que foi aprovada em caráter conclusivo e segue para o Senado, estabelece que “os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos com necessidades especiais métodos pedagógicos de comunicação, entre eles: Língua Brasileira de Sinais (Libras), tradução e interpretação de Libras, ensino de Língua Portuguesa para surdos, sistema Braille; recursos áudios e digitais, orientação e mobilidade; tecnologias assistivas e ajudas  técnicas; interpretação da Libras digital, tadoma e outras alternativas de comunicação”. O texto aprovado, que altera o capítulo sobre educação especial da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), também amplia o conceito de educação especial. 



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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nova Revista da Universidade Federal da Paraíba





Fonte: Perspectivas em Gestão & Conhecimento

MinC lança Circuito Nacional de Feiras de Livro

Ministra lançou dia 15 programa que pode ter apoio da Lei Rouanet e do FNC

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, lançou dia 15 de junho, no auditório da Cinemateca de São Paulo, o Circuito Nacional de Feiras de Livro. Para um público estimado de cerca de 200 pessoas, entre secretários da Cultura de diversos estados e municípios, além de escritores como Ignácio de Loyola Brandão, presidentes de feiras e eventos literários como a Flip e a Jornada de Passo Fundo, Ana de Hollanda destacou a importância do governo investir nas políticas públicas do livro e da leitura e reforçar a democratização do acesso; a formação de leitores; a promoção da leitura e da literatura no imaginário da população brasileira e o fomento das cadeias criativa e produtiva do livro.

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Fonte: Portal do Ministério da Cultura

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hábito da leitura cresce entre crianças e jovens brasileiros

A criança e o adolescente brasileiros estão lendo mais. Esse foi o diagnóstico traçado hoje (8) no 2º Encontro Nacional do Varejo do Livro Infantil e Juvenil, realizado dentro do 13ª Salão Nacional do Livro Infantil e Juvenil, no Rio de Janeiro.

De acordo com pesquisa divulgada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), do total de 12 mil títulos novos lançados no país em 2010, cerca de 2,5 mil foram direcionados a crianças e adolescentes. “A própria produção é uma comprovação de que as nossas crianças e jovens estão lendo mais”, afirmou à Agência Brasil a diretora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), Ísis Valéria Gomes.

O presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Ednilson Xavier, disse que a parte destinada à literatura infantojuvenil já representa cerca de 15% do faturamento das lojas. Levantamento feito em 455 livrarias de todo país mostra que as vendas do setor cresceram 9,6% em 2010 em relação ao ano anterior, refletindo a expansão da economia nacional. Ele ressaltou que a área infantojuvenil lidera o ranking em termos de crescimento de vendas no ano passado.

Para Xavier, a tendência é que o hábito da leitura do público infantojuvenil seja crescente. “Não tenha dúvida. Há, nesse aspecto, a constatação do mercado editorial de que os livros nessa área, a cada ano, se tornam mais atrativos”. A ANL está elaborando pesquisa sobre o livro no orçamento familiar, que será divulgada em agosto, durante a 21ª Convenção Nacional das Livrarias.

Na opinião de Ísis Valéria Gomes, o hábito da leitura é fundamental não só para ampliar o conhecimento mas, inclusive, para a formação da cidadania. 

“A criança que começa a ler desde pequena segue lendo depois. Não existe postura cidadã sem que você seja um leitor”.

Segundo ela, a criança e o jovem brasileiros são penalizados em função do analfabetismo funcional, que exclui as pessoas do conhecimento. “Mas, entre as crianças que leem, a leitura vem aumentando muito. E o consumo [de livros] também, inclusive entre os adolescentes”.

Durante o encontro, foi apresentada a experiência da primeira livraria virtual para livros digitais no país, a Gato Sabido, cuja média é de dez mil a 15 mil acessos diários para consultas. A diretora da FLNIJ observou que o governo federal já desonerou impostos sobre os livros eletrônicos (e-book). Avaliou, porém, que para que o livro digital chegue às camadas da população de menor poder aquisitivo são necessárias novas ações, uma vez que esses livros são ainda muito caros, custam cerca de R$ 1,8 mil.

Ela disse, também, que é preciso garantir a qualidade dos textos impressos oferecidos ao público infantojuvenil. “Isso é alguma coisa que precisa ser vigiada, do ponto de vista de se oferecer coisa boa aos adolescentes e às crianças”. A experiência da Fundação German Sanchez Ruiperez, de Salamanca, na Espanha, foi apresentada durante o encontro nacional de livreiros. A instituição aposta na alfabetização digital para crianças a partir de cinco anos de idade, onde os menores convivem com o aprendizado simultâneo no computador e no livro impresso.

O 13º Salão Nacional do Livro Infantil e Juvenil é promovido pela FNLIJ e vai até amanhã.


Alana Gandra - Agência Brasil - 10/06/2011 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Buenos Aires homenageia Jorge Luis Borges

Buenos Aires homenageou Jorge Luis Borges nesta terça-feira com a leitura de poemas e a interpretação de milongas do escritor argentino no dia em que se completam 25 anos de sua morte em Genebra, aos 86 anos.

O ato organizado pela Prefeitura da capital argentina foi a única grande homenagem realizada no país para Borges, cujo legado literário ocupou nesta terça-feira várias páginas dos principais jornais portenhos.

Na praça San Martín, no centro de Buenos Aires, atores e apresentadores leram vários poemas de Borges, enquanto o duo musical Baraj-Barrueco interpretou milongas escritas pelo autor de "O Aleph".
"Borges e sua obra estão indissoluvelmente ligados à nossa identidade portenha e não podíamos deixar de resgatar hoje parte de seu legado", ressaltou o ministro (secretário) da Cultura e Turismo da capital argentina, Hernán Lombardi.
A homenagem aconteceu junto à "Torre de Babel" de livros que no início de maio foi erguida na praça pela artista plástica Marta Minujín, em ocasião da nomeação de Buenos Aires como "Capital Mundial do Livro" 2011 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
"Quando era muito menina fui visitar Borges na Biblioteca Nacional, porque para mim já era um ídolo. Depois criei a 'universidade do fracasso' - porque eu acho que o sucesso e o fracasso são a mesma coisa - e procurei-o de novo para que falasse sobre isso, e ele me disse: 'O fracasso não existe!'", relatou Minujín.
A artista pop disse que sempre teve com Borges "uma coincidência mental".
"O fato de nós dois sermos portenhos. Eu com a Torre de Babel e ele com seu conto 'A Biblioteca de Babel'. Além disso, ele analisava o tempo e eu faço minhas esculturas sobre o tempo relativo, então me parece que tenho muito a ver com ele", avaliou.
"Esta Torre de Babel não existe em nenhum lugar do mundo. Borges também não", acrescentou Minujín na homenagem.

Agencia EFE - 14/06/2011 

terça-feira, 14 de junho de 2011

Biblioteca escolar ajuda na formação do aluno

De acordo com estudo, a biblioteca é considerada um dos fatores mais importantes para a qualidade de uma escola. 

O Instituto Ayrton Senna e o movimento Todos Pela Educação (parceiro institucional do Projeto Vamos Ler) lançaram no dia 28 de abril, Dia da Educação, o projeto ‘Caminhos para melhorar o aprendizado’. Resultado de uma extensa análise coordenada pelo pesquisador Ricardo Paes de Barros, o trabalho conta com um site que apresenta as principais conclusões de 165 estudos nacionais e internacionais com base empírica e tratamento estatístico sobre os impactos de políticas de Educação no aprendizado dos alunos. 

Um desses estudos, dentro do tópico ‘O que importa para o aprendizado escolar’, abordou os recursos pedagógicos da escola. A Biblioteca Escolar apareceu em primeiro lugar na pesquisa. 

De acordo com texto de Barros, tradicionalmente, a biblioteca é considerada um dos insumos mais importantes na definição da qualidade de uma escola. Seu impacto, no entanto, depende de uma série de fatores, como a qualidade do acervo e a frequência com que a comunidade escolar recorre a ele. 
Análises transversais, que comparam a média de aprendizado de escolas com e sem biblioteca em um determinado momento, revelam que os alunos com acesso ao espaço tendem a apresentar proficiência mais elevada. 

Por outro lado, análises mais confiáveis, baseadas em estudos longitudinais, mostram um impacto direto não significativo estatisticamente. 

Vale ressaltar que o fato de o impacto depender do grau de utilização não significa que só se beneficiam da biblioteca os alunos que a utilizam. Na verdade, as bibliotecas tendem a ter seu impacto propagado por toda a comunidade escolar. 

Outras pesquisas mostram que a biblioteca escolar não tem impacto mais relevante sobre crianças de famílias socioeconomicamente menos favorecidas que, em princípio têm menos acesso a livros em casa. A evidência disponível, embora seja esparsa, indica o contrário: o impacto é maior entre os estudantes menos vulneráveis, seja porque seu ambiente familiar lhes garante outros recursos que, combinados à biblioteca, promove um maior aprendizado. 

Em suma, o texto aponta que não basta que a escola tenha biblioteca. É importante que pais e demais membros da comunidade escolar incentivem as crianças a utilizá-la mais intensamente. 

Às escolas, cabe estabelecer rotinas e práticas de utilização das bibliotecas com estratégias voltadas ao aprendizado dos alunos. Às Secretarias de Educação, cabe estabelecer padrões, investir na qualidade do acervo e implementar políticas de utilização das bibliotecas escolares já existentes, incentivando seu uso pelos alunos durante o horário regular e em turno expandido, ou mesmo abrindo as suas portas para a comunidade em horários alternativos. 

Fonte: Caminhos para melhorar o Aprendizado / O que importa para o aprendizado escolar (www.paramelhoraroaprendizado.org.br)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

SP vai colocar todo seu material pedagógico na internet

A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo vai colocar todo o seu material pedagógico na internet com a licença Creative Commons. Ou seja: o download das obras de todos os programas e projetos da pasta estará disponível no site da secretaria para quem quiser, desde que a fonte seja citada e o uso não seja para fins comerciais. O endereço éhttp://portalsme.prefeitura.sp.gov.br.
A ideia surgiu porque, desde que o Programa Ler e Escrever passou a ser implementado, em 2006, a pasta passou a receber solicitações de municípios e Estados de todo o País interessados em utilizar o material. O programa objetiva melhorar as habilidades de leitura e escrita dos alunos do ensino fundamental da rede municipal paulistana.
"Não tínhamos uma forma adequada de licenciar tudo isso", disse o secretário Alexandre Schneider. "Começamos a pesquisar e achamos interessante o seguinte: como temos os direitos daquilo que foi desenvolvido, porque foi criado na própria secretaria, entendemos que seria correto fazer um licenciamento que permitisse que qualquer um pudesse utilizar e adaptar os materiais nos quais já tínhamos gasto nossos recursos."
Segundo o secretário, a pasta optou por esse tipo de licença porque ela permite que o usuário utilize o material do jeito que bem entender. Entre os materiais que estarão disponíveis no portal da secretaria há obras para todos os temas que a pasta aborda em suas políticas públicas: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação especial, informática educativa, educação étnico-racial, cadernos de orientação didática e livros voltados para a recuperação em língua portuguesa e matemática.

O Estado de S. Paulo - 06/05/2011 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bienal do Livro Rio confirma mais seis autores para edição 2011

Scott Turow e consultora de "House" vêm para evento que acontece em setembro


A 15ª Bienal do Livro Rio anunciou nesta quinta-feira (09) mais seis autores que participarão do evento, sendo quatro estrangeiros: Scott Turow, Abraham Verghese, Robert L. Wolke e Lisa Sanders. Também foram confirmados Ana Maria Machado e Edney Silvestre, que farão parte da Homenagem ao Brasil.
Entre os autores estrangeiros, destaque para Scott Turow, autor de "Acima de Qualquer Suspeita" (1987), romance que já vendeu 25 milhões de cópias e ganhou uma versão nos cinemas protagonizada por Harrison Ford. Na Bienal ele lança "O Inocente", continuação do livro. Formado em direito, Turow exerce a profissão até hoje em Chicago e é considerado um dos mestres do suspense de tribunal.
Abraham Verghese, nascido na Etiópia, é médico e autor de um dos primeiros livros de ficção sobre a aids, "Minha Terra". Outra médica na programação é Lisa Sanders, consultora da série de TV "House" e autora de "Todo Paciente tem uma História para Contar". Robert L. Wolke é químico e autor da série "O que Einstein disse ao seu Cozinheiro".
Ana Maria Machado e Edney Silvestre participarão de uma mesa discutindo o tema "Ficção e Instinto de Nacionalidade", com base em um texto de Machado de Assis. Membro da Academia Brasileira de Letras, Ana é autora de mais de 200 obras e ganhadora do prêmio de literatura infantil Hans Christian Andersen. Edney, jornalista, ganhou o prêmio Jabuti de romance em 2010 com o livro "Se Eu Fechar os Olhos Agora".
A 15ª Bienal do Livro Rio acontece entre os dias 1º e 11 de setembro no Riocentro. Também estão confirmadas as presenças de Kathryn Stockett, William P.Young, Anne Rice, Michael Connelly, Alyson Noël, Susan Casey, Amitav Ghosh e Lauren Kate.
Fonte: IG

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Estímulo à leitura é desafio urgente

Cento e noventa e dois milhões de habitantes. Quinta nação mais populosa do planeta e um país de dimensões continentais repleto de... não leitores. Segundo dados da última edição do estudo Retratos da Leitura no Brasil, publicada em 2008, somente 66,5 milhões de pessoas encaixam-se no perfil “leitores” – leram ao menos um livro nos últimos três meses anteriores à pesquisa –, o equivalente a apenas 35% da população.

Os motivos para a falta de uma cultura literária no país são os mais variados. Passam pelos historicamente elevados preços das publicações, falta de políticas públicas claras para o setor, baixos níveis de escolaridade e de poder aquisitivo da população, ausência de equipamentos culturais eficazes – como bibliotecas públicas –, vinculação entre livro e obrigações escolares e, principalmente, o imaginário coletivo. Quem já não ouviu máximas como “o brasileiro não gosta de ler”, “não se interessa por cultura”? Segundo a coordenadora do Grupo de Pesquisa Alfabetização, Leitura e Escrita (Alle) da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), doutora Lilian Lopes, essa é uma falsa ideia que termina por justificar a ausência de pesados e necessários investimentos nessa direção. “Se desejarmos um trânsito que seja livre e possível a muitos por toda a gama de esferas culturais, temos de entender que construir uma nação nesse sentido requer bastante esforço dos órgãos públicos e civis e é um projeto de longa duração”, afirma. 

“Ler” ocupa o 5º lugar na lista do que o brasileiro mais gosta de fazer durante o tempo livre, com 35% da preferência (60 milhões de pessoas), segundo a pesquisa Retratos. E o que fazer para inverter essa equação? O consenso é que uma grande teia de relações precisa ser tecida, contando com o somatório de esforços de todos os agentes sociais. 



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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Livro de Conan Doyle, perdido durante 130 anos, será publicado

"The Narrative of John Smith" foi escrito quando o criador de Sherlock Holmes tinha 23 anos


A Biblioteca Nacional do Reino Unido vai publicar em novembro o primeiro romance do autor inglês Arthur Conan Doyle, "The Narrative of John Smith" ("A Narrativa de John Smith", em tradução livre). Doyle, criador do famoso detetive Sherlock Holmes, elaborou o manuscrito aos 23 anos, mas, por obra do destino, nunca chegou a publicar o livro.
Segundo o jornal "The Guardian", o escritor enviou o romance, escrito entre 1883 e 1884, a um editor britânico, mas o documento foi perdido pelos Correios, o que levou Doyle a reescrevê-lo de memória tempos depois. Os seis capítulos que redigiu, e que até agora estiveram com seus herdeiros e depois nos arquivos da Biblioteca britânica, são os que agora serão publicados, para o deleite dos admiradores de Conan Doyle.
"The Narrative of John Smith" conta a história de um cinquentão doente que vive confinado em seu quarto, a partir de onde opina sobre religião, literatura, guerra a todos que queiram escutá-lo. Ao longo do livro, escrito pouco antes do que até agora considerado seu primeiro romance, "Um Estudo em Escarlate", recebe a visita de várias pessoas, de generais aposentados a padres.
Na dona da moradia onde vive Smith, a senhora Rundle, "é possível ver um protótipo da falante senhora Hudson, a proprietária da casa de Sherlock Holmes", como explicou ao "The Guardian" Rachel Foss, da Biblioteca britânica. Foss, encarregada pelos manuscritos literários modernos dessa instituição, explica que a publicação do romance inédito, de 150 páginas, demonstra a evolução literária de Doyle.
Para a especialista, "The narrative of John Smith" se perde às vezes "em termos de trama e personagens", mas o interessante é que "dá algumas pistas sobre as futuras histórias de Sherlock Holmes". "Revela de forma fascinante os primeiros passos no desenvolvimento de Conan Doyle como escritor, seu período de aprendizagem. Representa sua primeira tentativa de fazer a transição de um autor de histórias curtas para um romancista".
O escritor Arthur Conan Doyle

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O papel como prazer diante do livro eletrônico como fonte de informação

06 de junho de 2011

 
A possibilidade de convivência da edição impressa com o formato eletrônico dominou nesta segunda-feira boa parte dos debates do 2º Fórum Mundial da Unesco sobre a Cultura, na cidade italiana de Monza, no qual as editoras expuseram sua incipiente aposta na digitalização de seus lançamentos.

O escritor chileno Antonio Skármeta afirmou à Agência Efe que a informação se "presta à linguagem sucinta, sintética" como a utilizada nas redes sociais, como Facebook e Twitter, nos blogs e também nos jornais.
Em contraposição, Skármeta definiu a literatura como "a genialidade de contar histórias por prazer", que necessita de "tempo para explorar sua complexidade sem uma finalidade última" e encontra no livro de papel seu grande aliado.
 
"Não acredito, embora seja possível, que alguém com o hábito de consumir literatura em papel prefira o modo eletrônico", disse o chileno, que acaba de publicar "Los Días del Arcoíris" e é conhecido mundialmente por sua obra, já transportada para o cinema, "O Carteiro de Neruda".
 
Sobre a finalidade pragmática do suporte eletrônico, Miguel Barrero, diretor do grupo espanhol Santillana, declarou que é mais fácil para uma criança entender o funcionamento do aparelho digestivo com uma animação em três dimensões que através de uma "explicação estática" de um livro-texto.
 
No entanto, ressaltou que uma obra poética pode ser mais apreciada em uma edição impressa.
"Você escolhe o suporte de acordo com a experiência de leitura que queria ter", opinou Barrero, acrescentando que a escolha do formato depende mais de circunstâncias pessoais que do tipo de texto.
Convencido da boa convivência do papel com o suporte digital, Barrero assinalou que o aumento da edição digital acarretará uma "maior participação dos leitores" que não tem que ser proporcional ao aumento do número destes. Segundo ele, "o ecossistema do livro se enriqueceu com um suporte novo".
 
Barrero observa uma tendência "menos reticente" das editoras diante do aumento das publicações eletrônicas, e isso se deve, afirmou, aos bons números dos Estados Unidos (onde as vendas de e-books superam as edições impressas) e que no âmbito da educação, em um contexto de crise, a publicação de textos eletrônicos é mais barata.
 
Miguel Barrero prognosticou a perda de alguns atores na cadeia tradicional do livro, ou seja, desde sua criação até o momento que chega a mãos dos leitores - e contou com o apoio do diretor do selo Mondadori, na Itália, Riccardo Cavallero, que disse que esta mudança acontece porque agora "as editoras chegam diretamente ao leitor".
 
Cavallero declarou que é importante estudar as estratégias desta relação direta com o leitor que implica na "renúncia de privilégios econômicos", declarando que o sistema atual é "antigo" e estabelecerá uma luta em "que alguns desaparecerão", citando como exemplo editoras que não conheçam bem sua base de leitores e agentes literários.
 
O italiano ressaltou que uma editora deve se focar no "autor e no leitor" e não ter medo de "errar e atirar os privilégios pela janela".
 
A ex-diretora da Biblioteca Nacional e presidente do Comitê Científico deste fórum, Milagros del Corral, destacou "o passo adiante" das editoras em relação à edição digital e observou flexibilidade em suas posições.
 
Após a inauguração, na manhã desta segunda-feira com a participação de Corral e outros especialistas, foram realizados diferentes painéis como "A Economia do E-book", "Blog versus Jornal de Papel", "O Futuro da Palavra Escrita e a Leitura" e "Mudanças na Cadeia de Produção e Distribuição".

Fonte: Notícias.Terra

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa

ABTG - A Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, será oficialmente lançada no dia 24 de junho, às 9h, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) — Avenida Paulista, 1313, 4º andar.

A iniciativa, realizada em ação dos representantes da cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa, tem o mote “Imprimir é dar Vida”.

As entidades almejam esclarecer dúvidas e informar corretamente à população sobre a origem do papel usado para impressão. O evento de lançamento da Campanha contará com apresentação sobre a produção sustentável do papel e da celulose no Brasil e com uma exposição do projeto e suas ações, que incluem site de esclarecimento e peças publicitárias.

Na ocasião será apresentado manifesto de apoio à campanha, assinado por entidades da cadeia produtiva, incluindo os diversos segmentos da indústria gráfica, setores de celulose e papel, livros, revistas, máquinas e insumos, além das áreas de publicidade, propaganda e marketing.

Fonte: RV&A – 29/04/2010

Biblioteca Nacional sofre com furtos de importantes obras




O Globo - 29/05/2011 - Por André Miranda - Algumas gerações de brasileiros, que por mais de 50 anos cresceram lendo a principal revista infantil do país na primeira metade do século XX, podem se considerar órfãs.

As duas primeiras edições do almanaque O Tico-Tico - a primeira revista em quadrinhos do Brasil -, publicadas em 1905, foram furtadas da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), no Rio. O crime ocorreu há cerca de um ano, depois de a instituição receber um investimento milionário em segurança, e nunca veio a público.

A direção da biblioteca diz não se manifestar sobre o assunto por recomendação da Polícia Federal, para não interferir nas investigações. Até hoje, as revistas, extremamente raras e consideradas uma das preciosidades do acervo da FBN, não foram recuperadas.

Mais Informações: O Globo