segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Aaron Swartz, guerrilheiro da internet livre

A Vida, a morte e o legado de um programador e ativista genial, que via no conhecimento compartilhado caminho para superar mesquinhez capitalista. Artigo de Rafael A. F. Zanatta.


Aaron Swartz, ativista pela internet livre, foi encontrado morto no dia 11 de janeiro em sua casa em Nova Iorque.
O (suposto) suicídio do génio da programação e ativista Aaron Swartz não é somente uma tragédia, mas um sinal da enorme dimensão do conflito político e ideológico envolvendo defensores de uma Internet livre e emancipatória, de um lado, e grupos organizados dentro do sistema que pretendem privatizar e limitar o acesso à produção intelectual humana, de outro. Neste sábado (12/01), colunistas de cultura digital de diversos jornais escreveram sobre a morte do jovem Swartz, aos 26 anos, encontrado morto em um apartamento de Nova Iorque (ler os textos de John Schwartz, para o New York Times; Glenn Greenwald, para o The Guardian; Virginia Heffernan, para o Yahoo News; e Tatiana Mello Dias, para o Estadão). Diante da turbulenta vida do jovem Swartz e seu projeto político de luta pela socialização do conhecimento, é difícil crer que o suicídio tenha motivações estritamente pessoais, como uma crise depressiva. A morte de Swartz pode significar um alarme para uma ameaça inédita ao projeto emancipatório da revolução informacional. O sistema jurídico está a ser moldado por grupos de interesse para a limitação da liberdade de cidadãos comprometidos com a luta de uma Internet livre. Tais cidadãos são projetados mediaticamente como inimigos desestabilizadores da ordem (hackers). Os utilizadores da Internet, sedados e dominados pela nova indústria cultural, pouco sabem sobre o que, de facto, está acontecendo mundo afora.
Fonte: Esquerda,net

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