terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Por que Apple, Google, Kobo e Amazon lutam pelo mercado de livros digitais no Brasil


Entenda o que move os gigantes na batalha por esse novo segmento de negócios.

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E-readers proporcionam leitura mas agradável, porém sofrem ao competir com as multifuncionalidades dos tablets

Três dos quatro maiores competidores mundiais da área de livros digitais chegaram praticamente ao mesmo tempo no Brasil. Kobo, Amazon e Google estrearam suas livrarias virtuais com apenas algumas horas de diferença nesta semana, em clara tentativa para ver quem chamaria mais a atenção do consumidor. Ao largo do frenesi dos lançamentos desta semana está a Apple, que estreou nesse segmento em outubro no País. O acirramento da competição do setor de livros digitais pode, à primeira vista, causar estranhamento: por que tanta movimentação neste momento num mercado que ainda está embrionário, especialmente no Brasil?

Um bom ponto de partida para compreender o novo cenário é observar que, em meio a todos esses ingredientes, a chegada dessas empresas pode dar um empurrão no mercado editorial brasileiro, que teve desempenho decepcionante no ano passado. Em relação ao ano anterior, a expansão em 2011 foi de apenas 0,81% (de R$ 3,5 bilhões para R$ 3,8 bilhões), segundo dados da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro 2011. Além disso, o quarteto mágico do livro digital ainda tem de resolver uma questão essencial para suas estratégias: os aparelhos e-reader vão “pegar” no Brasil?

O que se pode afirmar é que o mercado de livros digitais finalmente criou bases sólidas para se massificar. Não foi um processo fácil. Entre os projetos lançados por aqui figuram o Alfa, da Positivo, e o Cool-er, importado pela Gato Sabido, primeira livraria virtual do País. Ambos foram lançados em 2010, mas nunca se tornaram populares – o Cool-er nem é mais comercializado. Atualmente, existem apenas 30 mil e-readers no Brasil, de acordo com a consultoria IDC. Sempre que questionados, porta-vozes da Gato Sabido e da Positivo, no entanto, se dizem satisfeitos com os resultados. Conforme a própria CBL (Câmara Brasileira do Livro) afirma, porém, o preço desses dispositivos pode ter sido um impeditivo. Todos custavam acima de R$ 600, valor próximo ao dos tablets, que oferecem navegação na internet, games e outros serviços – hoje há 2,6 milhões de tablets no Brasil, segundo a consultoria IDC.


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