segunda-feira, 7 de março de 2011

Ler com prazer, todos os dias

Andreia Aparecida Silva Donadon Leal - 01/03/2011

A média brasileira de leitura, segundo pesquisas, é ler de dois a três livros por ano. É vezo humano consolar-se facilmente ou tomar como base índice tão pífio. É mórbido, mas é mais cômodo e fácil, consolar-se da própria preguiça ou miséria, quando reconhecemos (erroneamente) que há pelo mundo afora, homens mais preguiçosos, mais incultos ou mais miseráveis do que nós, porque leem menos. Certo filósofo grego chegou a dizer isso, procurando consolar-se de seus próprios defeitos, de sua perversidade e de sua preguiça, quando reconhecia, que há no mundo, homens muito mais perversos ou mais preguiçosos do que ele.

A assertiva acima está longe de ser nobre e exemplar. O desejo de melhorar demonstra luta, esforço contínuo, trabalho, vontade de crescer, além de uma boa dose de energia moral.  Seria enriquecedor se nos pautássemos sempre no inverso: que há homens, incrivelmente mais cultos do que nós, que há pessoas que leem mais, porque a leitura abre caminhos, veredas e nos tira da escuridão e do obscurantismo. Há homens e mulheres, incrivelmente mais informados, mais esforçados; menos miseráveis e menos embrutecidos intelectualmente do que nós.

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