sábado, 20 de abril de 2013

Não durma na biblioteca!


Saraus de pijama num museu de literatura, um concerto clássico na livraria e uma viagem por 19 andares do maior depósito russo de livros – tudo isso ocorre uma única vez por ano e, além disso, sempre à noite. A ação nacional Biblionoite foi concluída na madrugada de 20 de abril, tendo abrangido 400 cidades e povoados, desde a ilha de Sacalina no leste até a cidade de Kaliningrado, no extremo oeste do país.

A Biblionoite foi realizada na Rússia apenas pela segunda vez, mas a envergadura da ação pasmou mesmo os membros mais imaginativos do grupo dos seus organizadores – mais de mil eventos em 74 regiões do país! É pouco provável que o pequeno grupo de pessoas que tinha discutido há dois anos através do Facebook a questão: “Por que os museólogos têm a sua Noite no Museu, enquanto os bibliotecários não têm nada disso”, tivesse esperado tamanha atividade. A diretora do projeto Inna Prilezhaeva revelou na entrevista à Voz da Rússia o seguinte:

"Foi em torno deste “não têm nada disso” é que começou a girar tudo – surgiu a ideia de que deveria ser realizada a nossa própria ação Biblionoite O mais importante, porém, é que a ação demonstrou a possibilidade de incorporação das bibliotecas na vida moderna do homem e de interação das bibliotecas com outros sujeitos deste meio – os teatros, galerias de arte, livrarias, cafés..."

O número de variantes de interação, proposto neste ano, foi excepcionalmente grande. Soube-se que nas cidades russas são populares buscas de aventuras extremas nos locais, relacionados a obras de literatura, e que os moscovitas gostaram da ação exclusiva de uma das livrarias – o concerto da orquestra de câmara Kremlin no meio de estantes de livros. Com efeito, a escolha do melhor projeto no concurso Mestre de Mudanças – já tradicional para a Biblionoite – será nada fácil. O júri vai anunciar o seu resultado mais tarde – inicialmente é preciso dormir bem. A moscovita Irina Lesnina, uma das participantes da Biblionoite, revelou à Voz da Rússia que a "noite" podia começar – desde que houvesse a respectiva vontade – ainda às cinco horas da madrugada, por exemplo, na Biblioteca Estatal da Rússia, e concluir as suas atividades às quatro horas da madrugada com uma excursão na companhia do pessoal do museu Casa de Bulgakov. Mas depois de calcular que as forças talvez fossem insuficientes para tudo, Irina acabou por visitar um único local.

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