quinta-feira, 11 de novembro de 2010

INFORMAÇÃO (EM VERSOS)

Oswaldo Francisco de Almeida Júnior

Ciência,
consciência,
demência.

Teo-ria.
como ser,
com o ser,
conhecer.

Informa,
infere o mundo
organizado,
caótico.

Interfere
no mundo,
no homem.

A informação é a
destruição,
o desastre e a
construção.

A informação é
dialógica,
ilógica,
representação do real (?),
irracional.

Informação e conhecimento
se mesclam e
formam um
amálgama indissolúvel;
a oposição
da oposição
água/óleo;
uma espécie de
café com leite,
alimento e
cotidiano.

A informação
se fantasia,
se mascara –
monstro –
em um baile,
um carnaval –
racional?  
apenas seus olhos
são percebidos –
burca –,
vistos e
reconhecidos;
conhecidos.
O que há
por trás?

A informação
é lúdica,
lúcida.
Bússola,
norteia;
balsa,
sustenta.

A informação
é livre,
libertária.

A informação é inabitável,
não se aluga,
não se vende.

A informação é bélica -
vannevariana -
e pacífica -
otleriana.

Pode ser processo,
mas não conhecimento,
e menos, coisa
(perdão, Buckland).

É fluida, translúcida,
nuvem.
Como neblina,
vem e se
dissolve.
Branca e preta.
Pérfida.

Tem pés de barro
que desaparecem,
derretidos,
nas águas
da interação.

Vive
num átimo.
Efêmera,
perece
nos segredos
do conhecimento.

Não é tácita
ou explícita:
simplesmente
é.

Manchada,
marcada,
não pura,
abre-se diferente
para diferentes
pessoas.

Carrega e
partilha
o conhecimento
de um,
de todos.
Coletiva.

Ínfima e
imensa,
faz e
desfaz
do homem.

Entanto,
o homem
é quem a
faz.

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Mantenedor do Site

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